5 de março de 2008

Da Bahia para ao Jd. Reimberg - Seu Artur Felipe de Deus


Partida: Ubaitaba, BA...



...Destino: Jd. Reimberg, Grajaú, SP

Nas próximas linhas vamos contar a história do Seu Artur Felipe de Deus, 47 anos, morador do Jd. Reimberg:
Partiu de Ubaitaba, na BAHIA, em 1981 com destino à SÃO PAULO, com o sonho de conseguir uma vida mais digna na cidade grande. Ao chegar, morou no Jd. Luso no município de Diadema (região metropolitana de São Paulo). Em 82 mudou-se para o Jd. Lucélia (Grajaú) e depois para o Jd. São Pedro. Segundo ele o clima era pesado na região, "ocorriam muitas mortes", diz. Circulou por várias regiões da cidade durante todo o período que morou aqui. Seus 26 anos em Sampa se caracterizam pela CONSTANTE MUDANÇA. Não somente habitou o Grajaú, mas em diversos bairros da capital e da grande São Paulo. No Jabaquara, com sua ex-mulher Raimunda do Espirito Santo teve seus dois filhos, ARITHON FELIPE DE DEUS (conhecido como TERRA PRETA) e ÁQUILA FELIPE DE DEUS. Mecânico de profissão cursou e trabalhou na área, hoje seu Artur faz um corre em diversas profissões: é um pouco pedreiro, pouco eletricista, conserta alguns eletrodomésticos.
Há 7 anos morador do Jd. REIMBERG, após uma temporada de três anos em Curitiba acompanhando uma tribo indígena, seu Artur, além do trabalho para garantir o pão, vêm propiciando atividades esportivas, de lazer e culturais com o PROJETO SUA CASA, destinado às crianças da comunidade em que os pais estejam envolvidos com drogas. Para ele os
pais das crianças não são vilões, são "vítimas do estado e seus filhos e filhas carentes de amor". E é isso o que ele oferece as crianças. O vimos quando realizamos entrevista para este Expresso, constantemente crianças o procuravam solicitando bola, andar de bicicleta, pegar livros emprestados, etc. Seu Artur, paciente, respondia negativamente porque naquele dia estava capinando a grama próxima ao espaço das quadras conquistadas pela comunidade.
Perguntado sobre o que mudou nos anos em que tem morado no Grajaú, seu Artur responde:
- Mudou a tecnologia, a mente mudou. Hoje pela juventude a gente vê o contraste cultural que é isso aqui. A juventude mudou pra melhor. Hoje ela cobra seus direitos por meio do Rap que as escolas não acompanham.
* Escrito por Gerson Brandão após conversa com seu Arthur para o Expresso Balaio Cultura Grajaú - http://balaiocultural.blogspot.com.

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